sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A cantora dos cegos





Quando se ouve cantar com arrotos de kizaca
Até se julga que a dama é uma cantora nata.
Não fossem aquelas gengivas de égua já decadente
E todo o mundo pensava o quanto ela é ardente.
Canta mula sem vergonha…
Zurra pelos teus lacaios,
Que depressa o teu reinado
Acabará aos bocados.
Até me sinto poeta só por não te ver ao perto
Quem vive em paz e sossego não é a mulher do preto.
Vivo bem e sossegada, sem intriga nem postura
Sem a estúpida da lânguida, armada em espertalhuda.
São tantas as mentiras, as cantadas aos palermas
Que a gengivas de égua consegue aquilo que quer.
De advogada a decoradora….
De miserável a rica, a todos vai cantando
Enganando e ganhando.
São altas as comissões que os tansos vão oferecendo
E na cantiga do engate de olhos em bico esperando.
É hoje, é amanhã e o kumbuzito a cair.
Brutos carros, brutas jóias e os palermas a tinir.
Canta! Canta espertalhona que de miséria apenas cultura
Que por muito que estudes
Só para puta és letrada.
E de resto és mesmo burra

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Onde me meto?




Depois de tanto cantar, de querer ser uma passarola em cantigas e altas malandrices...
Onde te escondes se o galho é curto e não te aguentas?
Pois claro....
A engana incautos....
A girafa cantante...
Nem em cima do galho se safa!
Girafa em cima do pau feita macaca, é coisa nunca vista!
E tantas vezes o cântaro vai à fonte que um dia parte a asa.
Asas é coisa que não tens malandra.
Vai-te preparando, que o trambolhão vai ser tão grande, que não te resta senão lavar escadas!
Lá se vão os jeeps, as caixas de jóias e tanto sinal exterior de grandeza.
Devias ter aprendido que a vida é como um pipo de bicicleta, umas vezes está em cima outras vezes, está em baixo.
Desce do galho que dás muito na vista!
Girafa trepadora é coisa inédita.