sábado, 27 de junho de 2009

As trezentos e trinta dias



A semelhança é pura coincidência!
Mil promessas
Mil favores
Mil ilusões
E a estupidez de um palhaço que julga que a pobre criatura, é uma sofredora num holocausto chamado Angola.
Vestidos de quatro e cinco mil dólares, carteiras de quinze mil.
Dois carros topo de gama à porta.
A capacidade monetária do «BENFEITOR», é de um mendigo em termos comparáveis.
A manipulação a vários homens da mesma forma!
Obtendo capacidade económica e desafogo.
Palavras de sedução, calções com nádegas ao léu.
Decotes provocantes.
Um queixume constante e um enumerar de infelicidade e de incompreensão…
No ar, no instinto, na carne a vibração que pretendem …
Um dia! Talvez um dia…possamos acabar juntos!
A esperança anima-os!
Os filhos são comentados no decorrer dos dias.
A mulher de muitos anos, de bons e maus momentos...
Tem sempre carisma de «doente» de insuportável.
Os filhos ingratos, apenas usam o pai!
Os pobres são «eles» que vencem e cobrem tudo monetariamente.
O mais interessante, é quando em ar de cumplicidade e de compreensão, ela diz como entendendo o sacrifício:
- COMO ESTÁS A SER PREJUDICADO!

domingo, 14 de junho de 2009

Monotonia em Luanda






O tempo da estadia com saudades enormes e sempre com o pensamento na família é passado num tédio esgotante.

Miami Beach, um dos muitos bares onde se juntam para matarem o tempo, com o galardão de um dos melhores da Ilha de Luanda, dá-lhes noites monótonas e desenraizadas.

O Carnaval custa muito a passar são vários dias sem fazer nada, sem terem para onde ir, já que Luanda é para eles um infindável mar de defeitos.

E mais não digo!

Deixo-vos uma noite «SERENA», «CULTURAL» e «ELEGANTE» das muitas noites que Luanda oferece.

E brasileiros a animarem claro!


quarta-feira, 10 de junho de 2009

Sem cabeça




É pena!
São poucos, mas alguns, que tem pela mulher o companheirismo de bons e maus momentos.
A maioria limita-se a querer que não tenhamos cabeça. Que o nosso raciocínio, fique para além de tudo o que nos dignifica como mulheres e inteligentes que somos.
Claro que não me rotulo de uma feminista absoluta, mas achar que com mentiras e comédias, algumas completamente sem nexo e consciência, de que apenas existe um corpo para além da mente, cria-me náuseas!
Ora bem….
Que fazer?
Ser corpo sem cabeça?
Fazer-lhes a vontade?
Porque não?
E lembro-me daquela que vi uma vez no aeroporto.
Esgotada pela dor do afastamento, pelo pânico de ter que guardar as suas «crias» sozinha num mundo tão conturbado. O sentimento de abandono era flagrante!
Devia amar tanto o marido!
Vi-a chorar copiosamente, feita um farrapo.
O tempo passou...
Recompôs-se, com a força tão característica das mulheres.
Hoje, chega tarde ao aeroporto, o «GOSTOSO», (que vive maritalmente com uma moça em Angola), possivelmente julga que a engana…
Engana-se ele!
A moça com quem divide a vida em Angola, para lá fica!
Submissa, com estatuto de...«TREZENTOS E TRINTA DIAS»!
Nem a mínima dignidade lhe atribui.
Para ele, cozinha, lava, passa a roupa a ferro, serve de pasto aos seus apetites sexuais e o direito a um Natal, nunca tem!
São datas «OFICIAIS, DE FAMÍLIA OFICIAL»!
Que raio de conduta a deste homem, que ultraja com descaramento duas mulheres?
Duas não! Quatro! Porque tem duas filhas.
Sinto uma mescla de asco e pena!
É mesmo insignificante!
Quando o vejo a tiritar de frio na época natalícia em que todos vêem a casa e ninguém o aguarda com ansiedade, nem antecipam as horas para ir para o aeroporto, o pobre treme de frio, à espera da família «OFICIAL».
Ou sabem, ou cansaram-se!
Alguns...Deste lado, ainda enchem a casa de flores, os filhos não dormem, olhos ansiosos, nervosismo e agitação.
De casaco na mão, para o pai não sentir frio à saída do aeroporto, olham impacientes o painel das chegadas e partidas .
Eu observo a um canto, incógnita e escondida.
ACHO QUE ME VOU ENCHER DE CORAGEM E LEVAR UMA TENDA DE CAMPISMO PARA O GOSTOSÃO ALDRABÃO, ESPERAR A FAMÍLIA E NÃO FICAR COM AQUELA CARA DE HEMORRÓIDA CONSUMIDA, PELA FARSA A QUE SUJEITA ALMAS SEM CULPA.
A sem cabeça, a burra e enganada, como pensa no seu minúsculo, pequenino e ínfimo raciocínio...
O sacana, lá aparece de camisa em cima do pelo e bigode aparado.
A «TRINTA DIAS», está linda e tranquila...
Possivelmente, o «GOSTOSÃO» nem dá conta!
A que coitada fica em Angola, com o estatuto do resto dos dias...
Devia castra-lo, arrancar-lhe «O CÉREBRO POTENTE», com a tesoura de cortar frango para que também dela, o filho da puta não faça troça.

sábado, 6 de junho de 2009

Nem tudo é piada!




Enquanto me tratava as pernas, cansadas e marcadas por mil andanças, o médico e eu começámos a conversar sobre o País, o Governo e fatalmente, sobre a vida.

ATÉ QUE ACABEI POR LHE DIZER.

- Bom Dr, sabe... eu sou uma tartaruga em cima de um poste...

Sem saber o que eu quis dizer, o médico perguntou-me o que diabo significava uma tartaruga em cima do poste. Ao que eu respondi:

- É, quando o senhor vai indo por uma estradinha, vê um poste. Lá em cima tem uma tartaruga tentando equilibrar-se. Isso é uma tartaruga em cima do poste.

Perante a cara de espanto do médico, acrescentei:

- Você não entende como ela chegou lá;

- Você não acredita que ela esteja lá;

- Você sabe que ela não subiu para lá sozinha;

- Você sabe que ela não deveria nem poderia estar lá;

- Você sabe que ela não vai fazer absolutamente nada enquanto estiver lá;

- Você não entende bem porque a colocaram lá;

- Então, tudo o que deveria fazer era descer e providenciar para que nunca mais suba.

-Sabe Dr, ficaram mil coisas por fazer porque subi para um poste onde não era o meu lugar.

-Agora Dr, se caio do poste estatelo-me no chão.

-Tenho que me manter lá em cima embora não seja o meu lugar.

-Pode ser que a teoria da reencarnação seja uma verdade e serei de novo tartaruga, mas nunca mais subirei para os postes.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A conversa do quotidiano




...A primeira vez que o conheci comecei a puxar por ele para saber onde eram os bares e discotecas da cidade e ele assumiu-se logo com um homem da noite da Luanda. “Ó João tás comigo não tens problema. Eu conheço todos os sítios de noite onde estão as melhores garotas”. A partir daí ficou quebrado o gelo e de vez em quando lá acabamos a rir-nos com conversas sobre as miúdas angolanas.
Apesar de ter uma namorada séria com quem diz querer casar-se, o Bruno não perde uma oportunidade de conhecer uma miúda nova e tentar a sua sorte. Nas palavras do próprio: “Ó João, eu não vacilo em frente de uma miúda”.
No outro dia na praia conhecemos uma rapariga, a Cláudia, de quem o Bruno gostou muito e pediu-me para arranjar o número para lhe ligar. Soube depois que chegou mesmo a ligar, embora sem grande sucesso…
No fundo a Bruno é igual a maioria de todos os outros Angolanos que vivem numa cultura em que enganar o marido/mulher não tem grande importância. As sextas-feiras são mesmo conhecidas como o “Dia do Homem”, em que os homens podem sair de casa até às horas que bem lhes apetecer sem ter que dar qualquer tipo de satisfação às mulheres.
Para além de motorista o Bruno também tem sido o meu guia da cidade de Luanda. Ele vai-nos mostrando alguns sítios da cidade e dentro das suas limitações lá nos vai explicando aquilo que consegue, sempre com muitos “ya” e “fixe” à mistura porque a linguagem dos angolanos é mesmo assim.

( Extracto de um blog da net com aventuras em Angola )

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Ferias medicinais



Ferias medicinais para os expatriados em Angola, são quase sempre, o pão-nosso de cada dia!

Depois de seis meses em Angola por incrível que pareça, não é a malária a causa de todos os momentos que passam com a família, «trinta dias», que os obriga a andar de médico em médico enquanto estão em Portugal.

Homens saudáveis estoiram a melhor de todas as riquezas. A saúde!

Comprometidos e sem escrúpulos passam o tempo de férias no médico, fazendo despistes de tudo quanto se possa imaginar, de doenças transmitidas sexualmente.

É uma vergonha para quadros superiores de empresas, chegarem ao médico de família e terem que revelar e constatar que jamais o «pinto» deles, vai ser um órgão saudável quer para a tontinha «trinta dias», quer para as incautas Angolanas que lhe surgirão num engate de uma noite, bem passada.

Atenção!

Onde têm os miolos?

Onde está o vosso equilíbrio quer moral quer físico?

Pois bem, é bem feita!

É bem feita, que o vosso cérebro, a funcionar no meio das pernas, apodreça e caia!

Devia mesmo cair ao chão mirrado e sequinho pela irresponsabilidade, estupidez, falta de carácter e um sem fim de adjectivos com que possam ser qualificados.

Aqui a «família trinta dias» ….

Mas vocês serão chamados de os «PINTOS PODRES»!



segunda-feira, 1 de junho de 2009

Informática em Angola





Angola como apetite de tantas nações, mantém um serviço informático tão deficiente, que as grandes petrolíferas, as empresas onde trabalham os ditos expatriados nunca tem o servidor operacional e derrapa nas curvas até chegar a casa.
É um espanto de primitivismo!
São os telemóveis!
São os computadores!
São as estradas!
São um número infindável de queixas…
Quase que se apodera das famílias um sentimento de pena tão forte, mas tão forte, que o melhor...
É vestir luto pesado, por saber que o nosso benemérito progenitor e marido vive na idade da pedra!
E….sempre em prol da família.

Dois tipos de homem





Angola tem dois tipos de homens.
O GOSTOSO e o GASTOSO.
O significado é bem elucidativo.
O GOSTOSO, reúne uma série de características muito apreciadas, pelas inocentes, muito trabalhadoras, incompreendidas, as tais garotas deslumbrantes!!!!.
Alto, forte, vestindo os últimos lances da moda masculina, bom dançarino, disputado pelas m´boas e desfilando com um bruto carro topo de gama.
Faz ginásio, expõem os seus músculos, tem uma prosa tranquila e brilha de status.
O GASTOSO fica na sombra.
Ouve as lamentações e os choros das garinas, os apelos de piedade e de conforto monetário, oferece os presentinhos que tantos precisam, sabem ou não, da existência do GOSTOSO, mas vivem condoídos das pobres coitadas que os enrolam e bem, queixando-se da crueldade do GOSTOSO, desfilando ao lado dele em todos os eventos sociais.
E nunca o deixando claro!

GOSTOSO É GOSTOSO!