quinta-feira, 4 de junho de 2009

A conversa do quotidiano




...A primeira vez que o conheci comecei a puxar por ele para saber onde eram os bares e discotecas da cidade e ele assumiu-se logo com um homem da noite da Luanda. “Ó João tás comigo não tens problema. Eu conheço todos os sítios de noite onde estão as melhores garotas”. A partir daí ficou quebrado o gelo e de vez em quando lá acabamos a rir-nos com conversas sobre as miúdas angolanas.
Apesar de ter uma namorada séria com quem diz querer casar-se, o Bruno não perde uma oportunidade de conhecer uma miúda nova e tentar a sua sorte. Nas palavras do próprio: “Ó João, eu não vacilo em frente de uma miúda”.
No outro dia na praia conhecemos uma rapariga, a Cláudia, de quem o Bruno gostou muito e pediu-me para arranjar o número para lhe ligar. Soube depois que chegou mesmo a ligar, embora sem grande sucesso…
No fundo a Bruno é igual a maioria de todos os outros Angolanos que vivem numa cultura em que enganar o marido/mulher não tem grande importância. As sextas-feiras são mesmo conhecidas como o “Dia do Homem”, em que os homens podem sair de casa até às horas que bem lhes apetecer sem ter que dar qualquer tipo de satisfação às mulheres.
Para além de motorista o Bruno também tem sido o meu guia da cidade de Luanda. Ele vai-nos mostrando alguns sítios da cidade e dentro das suas limitações lá nos vai explicando aquilo que consegue, sempre com muitos “ya” e “fixe” à mistura porque a linguagem dos angolanos é mesmo assim.

( Extracto de um blog da net com aventuras em Angola )

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