A face do expatriado

A facilidade com que mudam de aspecto é impressionante.
Uma face para cada dia da semana.
No entanto, por muito cansadinhos do trabalho que estejam, o fim-de-semana, embora transmitido por eles como monótono e sem graça, deixa-os em ânsias.
O semblante muda!
Tempo para ver amigos comuns da «trinta dias» nunca entra na sua linha de divertimentos.
Claro, não perdem tempo com amizades antigas, possíveis de ser delatoras de qualquer coisa que julgam ser improvável de chegar, além do equador.
A novidade é uma constante.
O encontro entre amigos e a aventura num país onde estão de passagem é para queimar como se diz: ATÉ AO ÚLTIMO CARTUXO.
Estão para além... Sem valor, os sentimentos vulgares como as amizades comuns da TONTA que nada sabe.
E vão chegando os convites, as aventuras formidáveis de fim-de-semana.
Este sábado é no Miami ou no Chill Out?
Porque não no Palos ou no D. Q?
Amanhã, Sangano, Cabo Ledo ou Ilha?
E a saída prolonga-se noite dentro, quase sempre até às 7 da manhã.
Whisky, cerveja, um jantar de 80 USD, o barulho estonteante de musica importada, a garina mais rosqueira que o tenta agarrar, ou a mulata deslumbrante que gostariam de ter e que já fica muito cara para o bolso….
Cara e não só!
Já diz o velho ditado: Mulata e carro velho em Luanda e estás tramado!